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domingo, 1 de abril de 2012

Zombie Love - I



Deitada do meu lado ele parecia tão frio...
Quase imovel.
Mordi o labio suspirando
Eu queria um abraço, um afago, uma amostra de amor...
Me virei com os olhos fechados abraçando-o fortemente
Seu coração não batia...
Ele sussurrou alguma coisa inaudível
Palavras num idioma que eu nao conhecia,
ou ele estava bebado.
As ultimas que lembro são o som sirenes do lado de fora
E os dentes dele dilacerando minha garganta...

Amanheceu outro dia qualquer, olhei para o lado e ele já havia levantado
Chutei as cobertas me sentando na cama ouvindo a porta se abrir
La estava meu marido parado com uma bandeja de café da manhã pra mim.
Mimo era a palavra do dia de acordo com ele:
“ Tenho que mimar minha princesa”
Sorri enquanto degustava torradas com geleia e suco de laranja
Com um afago em meus cabelos e um sorriso sedutor ele tirou o pijama jogando-o para mim dobra-lo.
Era bom te-lo comigo todos os dias.
O quarto ainda estava escuro pelas cortinas fechadas.
Levantei abrindo elas sentindo o sol em meu rosto
O quarto cor creme se encheu de luz e ar fresco quando abri as janelas
Hoje seria mais um dia daqueles,uma pilha de papeis no escritório...
Sacudi a cabeça tentando curtir ainda estar em casa
Desci as alças da camisola deixando-a rolar por meu corpo ate meus pes.
Entrei no banheiro sussurrando no ouvido dele:
- Minha vez...
Ele sorriu me dando um beijo me puxando pela cintura enquanto esticava a mão pegando a toalha.
Trabalhar no hospital era stressante as vezes,
Ele chegava morto... Era jantar, tomar um banho e estava dormindo
Abraçado comigo.
Vi-o se vestir enquanto me exaguava fechando a agua pegando a toalha me secando:
- Jantar depois do expediente?
Sorri:
- Claro, te encontro as 8...
Ele saiu fechando a porta do quarto.
Sai do banheiro pegando meu terninho com saia pretos e suspirei.
O tribunal hoje seria o inferno na terra.
Mordi o labio prendendo o cabelo em um coque, peguei meu oculos, minha pasta e as chaves do carro.
Na ida o caminho estava ate livre, uma coisa estranha para uma sexta-feira de manhã
Dei de ombros estacionando o carro na garagem.
Os processos caiam em minha mesa como cascatas,
Revisa-los para passar aos advogados era maçante.
Mal almocei um sanduiche natural e ouvi gritos da sala do juiz
Diziam que ele teve um mal subito e foi levado as pressas ao medico.
Estremeci, o dia começava a piorar...
Voltei a minha mesa outras 3 pessoas haviam sido dispensadas...
Meu superior suava frio, tinha olheiras...
Ele Sorriu estranhamente pra mim antes de desmaiar na minha mesa.
Mais um havia ido para o hospital.
Sai do tribunal cansada, a cidade parecia cada vez mais vazia e calma.
Chegando em casa preparei a janta servindo a mesa.
O relogio bateu as 8...
Bateu as nove...
Nada. Sacodi a cabeça meio preocupada e subi pra cama...
Onde acabei adormecendo
Senti o corpo frio dele contra o meu...
Ele estremecia, de bater os dentes, soava frio
E estava de costas pra mim.
O que estava acontecendo?
Me virei pra ele na intenção de xinga-lo
Quando suas mão pegaram meus cabelos fortemente
A ultima coisa que me lembro de ouvir foram sirenes de ambulancia...

(Continua...)

2 comentários:

  1. Aíiii, que doido, agora quero o resto da história, escreve logo e me avisa.
    Adorei, vc conseguiu me prender, e amo essas gargantas dilaceradas ...o.O

    Beijinhos Teffa.

    Vivi

    http://vivianeblood.blogspot.com/2012/04/resenha-promo-como-num-contos-de-fadas.html

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  2. a continuação ficou aki =/ quando veremos a nova ?

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