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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

I Am... I am...I am... A ZOMBIE





Aquilo doía
Eu não sabia o que era
Comecei a me sentir depois que cai no banho mais cedo
Você não estava em casa quando aconteceu então não viu o sangue...
Eu sentia fome
Suava frio
Sentia fortes dores
Mas a fome incomodava mais
Podia mordê-lo
Arrancar um pedaço de seus bicepes fortes
Sacudi a cabeça virando as costas
Voce se virou me abraçando
O desejo me invadiu
Roçando seu corpo no meu
O impulso de te morder aumentava
Estendi a mão para a mesinha de cabeceira
Pegando um canivete que eu havia te dado
Fiz um corte profundo no meu braço...
Gemendo com a dor que amenizava a fome ouvi você sorrir
Achou que era por sua culpa o gemido...
Assustei quando percebi que não saia sangue!
Isso me assustou
Levantei seu braço com cuidado e fui para a cozinha
Sentei no chão gelado
As de nos dois pelas paredes faziam meu estomago roncar
Nunca senti fome assim antes.
Peguei a faca de cozinha fazendo cortes profundos nas minhas coxas
Não doía
Apenas amenizava a fome... mas eu ainda a sentia
Precisava de um beijo seu
Subi de volta para o quarto
Sentei sobre seu corpo
Seu perfume me tentava
Sua pele extremamente quente sobre a minha
Baixei o corpo sobre o seu beijando-o
Você apertou minha cintura aprofundando o beijo
Sua língua roçava meus dentes
Mordi-a com força demais e começou a sangrar
Você sorriu me encarando na escuridão
- Vai com calma gatinha.
Beijei-o mais forte fazendo-o calar a boca
Isso não estava dando certo
Eu sentia mais fome...
Mordisquei seu rosto
Sentindo seu sabor em minha boca
Eu queria te morder
Matar
Arrancar um pedaço
Tremi com esse pensamento...
Estiquei a mão tentando pegar o canivete mas você me segurou
- Esta gelada... Esteve lá fora gatinha?
Fiz um uhum como se sentisse frio
Você me puxou pela nuca me beijando selvagemente
Dessa vez você não ficaria impune
Beijei sua boca avidamente finalizando com uma mordida controlada
Comecei a descer beijando seu rosto
Seu pescoço
Mordiscando-lhe a barriga
Suas mãos se fecharam em meu cabelo quando eu ia tirar sua cueca
- Gatinha você esta muito fria... Vem aqui pra mim te esquentar.
Eu tremia. Não sei se era de ódio, de fome, sei lá
Voltei a sentar em cima de você te beijando suas mãos subindo e descendo por meu corpo
Não agüentei
Mordi seu lábio
Mordi-o e comecei a puxar
Você gritou mas eu segurei seus braços
As vezes eu era mais forte
E era...
Você ficou la gritando enquanto eu arrancava metade da pele
Que cobria sua mandíbula
Soltei seus braços pegando o pedaço de carne
Era como mascar um chicletes gigante
Matava minha fome
E você gritava tentando me tirar de cima de você
Você estendeu a mão ate a mesinha de cabeceira procurando o canivete e acabou ligando a luz...
Gritou horrorizado ao ver meu rosto
Pálida
Olheiras profundas
Sorri te encarando
- Não sou mais sua gatinha?
Baixei a boca ao seu pescoço antes que ele pudesse responder
Mordi ali puxando um grande pedaço de carne enquanto sangue esguichava por todo o quarto
Eu comi você!
Me alimentei de cada pedacinho seu...
Alguns eu deixei ali!

Levantei me encarando no espelho e choquei com o que via:

I AM... I AM... I AM A ZOMBIE GIRL!

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