O que eu fazia ali?
Nem eu mesma sabia
Mas a dor que eu sentia era tão real quanto o sangue que escorria por meus lábios...
Não sabia o que tinha me levado aquilo
Apenas doía de uma forma incontrolável
Eu queria mata-lo por não entender meus sentimentos
Eu tentava me proteger e te magoava?
Você era egoísta
So pensava em você mesmo
Mal lembrava de mim
O ódio se misturava a dor
E o sabor férreo de sangue se tornava mais forte
Eu mordia meu lábio sentindo as lagrimas rolarem
Borrando minha maquiagem
Eu não merecia aquilo
Você não merecia o que eu sentia por você
E eu não sabia o que eu sentia
Me joguei entre as lapides deitando no chão coberto por folhas
Eu queria te matar...
Ver seu sangue jorrar...
Levantei de repente correndo ate sua casa.
Você abriu a porta serio
Entrei te abraçando já tirando minha pulseira prendendo-o contra a cadeira
- O que significa isso? Alem de não pensar em mim quer me amarrar também?
Sorri com ele falando desse jeito
Beije-lhe carinhosamente
- Nada disso... já que eu não posso cuidar do meu coração já destroçado
VOU FERRAR O SEU TAMBEM BOBINHO!
Peguei a faca em cima da bancada ali perto
E sorri rasgando a blusa dele
- Pare com isso! Eu te amo.
Gargalhei com as palavras dele
- Você me ama... e meu coração pode espatifar como um pirulito de cinco centavos mas o seu não pode ser nem arranhado?
Ele não tinha palavras
Cravei a faca em seu peito ouvindo as costelas quebrando
A voz dele gritava
Enfiei uma maça na boca dele e dei um beijo no rosto
- Agora veremos o que farei com o seu coração...
Enfiei a mão no buraco que eu havia feito...
Os olhos dele perderam o brilho e sua cabeça caiu sem vida pro lado
Comecei a rir histericamente colocando o coração dele sobre a bancada
Com a faca gravei minhas iniciais ali
LC
Little Cherry como ele me chamava...
Joguei o coração pro alto brincando com ele enquanto voltava ao cemitério
Não doía mais
Não sentia ódio
Sentia-me aliviada
Meu coração estava intacto...
Já o seu...
Atirei o coração perto de um bando de corvos
Eles nem chegaram perto.
Sorri deitando no chão apreciando a noite que começava a fechar anunciando uma tempestade...
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