Páginas

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Baile...


Havia meia hora que estava aqui, o grande salão decorado com rosas e velas havia me impressionado, rodava feito louca pelo salão e nada de vê-lo, será que havia ido embora? Não queria mais me ver? Não sentia fome, ventava e não sentia frio. Estava entorpecida pela saudade que sentia do meu vampiro. Quando de repente mãos pegaram minha capa roçando levemente em minha cintura. Um arrepio correu-me a espinha e sorri ao ouvi-lo sussurrar em meu ouvido:
Senti sua falta. E beijou-me o pescoço. Virei para abraçá-lo. Senti seu corpo pulsar de encontro ao meu enquanto sua boca selava a minha. Não sentia mais nada a musica parou esqueci-me completamente de onde estava a única coisa que sentia era seu beijo. Sua língua invadia minha boca, mordia-me o lábio inferior, isso me fazia arfar. Ate que algum sem o que fazer cutucou-lhe o braço. Ele olhou enfurecido e o pobre rapaz correu. Ele me sorriu ternamente antes de me puxar contra si e sussurrar: “Me perdoe, jamais sairei sem avisar-lhe... mas eu tive que partir. Eu a amo, mais que se possa imaginar, não me agüentava de saudades, noite após noite me torturei por tê-la deixado aqui sofrendo...” coloquei a mão suavemente sobre seus lábios enquanto sorria: “ Você fala demais, eu te amo e so isso importa agora.” Coloquei-me na ponta dos pés e beijei-o ele me mais forte contra ele e me beijou avidamente. A terra girou ao meu redor. Sorri ante a paixão que senti em seu beijo, seus olhos escuros de desejo. Quando ele se afastou de mim e sussurrou contra minha mão: “ Gostaria de dançar comigo?" Sorri colocando minha mascara. Vi-o colocar a dele e ele me conduziu ate o centro do salão...

Decisão


Ao receber o convite do baile de mascaras decidi que iria de cabeça erguida e coração partido rever meu Corvo. Porque ele havia ido embora. Parada esperando a noite cair no cais lagrimas rolavam por meu rosto. Eu o amava, a saudade já me matava, cada minúscula parte do meu despedaçado coração doía e gritava por ele. Eu precisava vê-lo... mas a dor que me corria me fazia duvidar de seus sentimentos. De mascara na mão me decidi:
Hoje entregar-lhe-ei meu coração! Retrocedi alguns passos e respirei fundo tomando coragem e relembrando os sonhos que tive com ele. Sentei-me me na beirada enquanto o sol baixava no horizonte, tirei minhas botas e meias e afundei os pés na água... fazendo ondas se espalharem pensei alguns minutos em tudo que estava passando. Eu merecia aquilo? Acho que não! Eu havia sido a vitima... Será mesmo que eu fui a vitima?
Essas perguntas me pegaram desprevenida. Engoli minhas lagrimas e erguendo meu pesado vestido tirei meus pés da água, calcei minhas botas novamente e sai correndo em direção a casa alta de onde já se ouvia musica e falação... Espero que não seja tarde demais...
Corri rua acima, nao queriam me deixar entrar ate que encontrei meu convite em algum bolso. Não queria mais nada a nao ser estar a seu lado e ter certeza de que es meu! Eu precisava disso, deixar para traz esse ar de vitima, de garota largada e dar a volta por cima... se eu me machuca-se sobreviveria. Mas eu precisava ter certeza antes de tudo...