Páginas

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Solidão


Não sei como mas eu já a amava... depois que ela saiu correndo de meus braços não parei de pensar naqueles olhos.. seu perfume sua boca... Tão delicada. Eu sabia que ela temia, eu via o medo naqueles olhos azuis que pareciam piscinas.. eu poderia me afogar neles.... Mas ela nunca me amaria. Ela estava, quebrada demais por agora... deveria dar um tempo a ela mas não conseguia! Meus sonhos me atormentavam, imaginava-a comigo, em minha cama em meus braços me chamando de amor mas nem sua voz eu ouvia... havia meses desde que ela fugira de mim. A dama do corvo. Ela deve estar tão confusa! Apenas devo fazer algo para que ela nunca se esqueça de mim. Meus passeios a floresta e ao mausoléu de minha família não resultavam em nada a não ser lembranças que me corroíam a alma. Na primeira noite de lua cheia apreciava a noite noturna e senti um aperto em meu peito, meus olhos encheram-se de lagriamas mas as engoli e no silencio da noite meu grito cortante foi alto: - Onde estas minha dama? Depois destas palavras ouvi algo se mexer. Corri a janela a tempo de vê-la correndo... tentei alcança-la mas tarde demais...Roguei a lua cheia no ceu, noite apos noite. Implorava para faze-la voltar mas nada acontecia, apenas minha dor esmagante que torturava meu peito!

Nenhum comentário:

Postar um comentário