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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Alone...


Nada mais me pertencia ali
Eu estava sozinha
Tinha apenas meus textos
Meus textos e meu amor longínquo
Sai levando alguns papeis
A neve que caia nao era nada
Meu vestido não tinha mangas mas o único frio que eu sentia era em minha alma solitária
Eu precisava dele nesse momento
Mas ele não estava aqui
A lagrima que escorreu por meu rosto era quente
Salgada ao encontrar meus lábios
Lembrava-me de seus beijos
O calor de seus braços
Meus braços caíram deixando meus textos largados pela neve
Nada importava eu apenas queria você
Olhando a lua que saia prateada por entre as nuvens eu via minha solidão
Sozinha no céu noturno a lua era soberana
Sozinha na noite fria eu era apenas mais uma que sofre
Apenas outra escritora triste
Mas eu era amada...
Mas ele estava longe
Saber que eu o amava e não podia tocá-lo doía mais do que não tê-lo
Sentei a beira do precipício que se estendia a minha frente
Agarrei a ultima folha
Nela estava escrita minha ultima carta de amor
“Eu esperaria por você o tempo que for
Por seu amor
Por seu carinho
Seria sua enquanto eu vivesse
Outro homem não sou capaz de amar
Pois de meu coração você se apossou
Não tenho mais controle sobre esse sentimento
Ele me embriaga me manipula e me controla
Dessa forma sou apenas sua
Apenas te amo
Da forma mais simples e crua
Da forma mais pura e verdadeira
Como a lua é única a noite
Você é único para mim
Sempre meu amor
Sempre...”
A lagrima manchou o pergaminho
Por mais que doesse eu sabia que em breve
Em breve você cruzaria esses mares de distancia e seria meu novamente
Mas meu coração não queria entender
Ele o queria agora
Minha mente já havia entendido
Mas meu coração...
Meu coração nunca ouvia a razão
Levantei recolhendo cada folha que havia caído como um pedaço meu
E voltei para dentro
Sentei-me na janela
Vendo a neve cair e contei cada floco que caia contra a janela
Cada um desses era um dia a menos longe de ti...

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