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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Nada de mais...



- Chega!
Eu gritei fechando a porta
Não sei o que doía mais
As lembranças que me corroíam
Ou o medo do futuro...

Lembranças de um passa presente que me atormentava
Dia após dia
Eu queria esquecer
Mas a ferida ainda era muito profunda

O futuro
Que eu não sabia como seria
Eu não sabia o que eu sentia
Tinha medo de errar
Medo de magoar
Eu não queria...
Eu não seria capaz!

O presente que me fazia sofrer
Eu não sabia amar
Eu não sabia mais nada relacionado a esse sentimento estúpido
A cada eu te amo que eu ouvia eu sentia meu coração parar de bater


Abaixei a cabeça sobre minhas pernas
Eu me sentia sozinha
Sem ajuda
O vento gelado da noite batia em meu rosto
Frias minhas lagrimas caiam sobre meu colo
Um arrepio correu meu corpo
Sozinha...

A palavra voltava em minha mente a cada batida do meu coração
Eu não seria capaz de tal feitio
Eu não conseguia manter minha vida no lugar
Eu não tinha minha cabeça no lugar
Talvez pelo simples fato de eu não ter mais uma alma
Ou melhor ainda
Pelo simples fato de terem arrancado meu coração
Enquanto ele ainda pulsava

Tristeza era substituída por ódio
Amor era substituído por qualquer outro sentimento vil e frio
Eu sentia meu coração parar de bater aos poucos
Eu não precisava de amor
Eu precisava apenas de mim mesma
Minha confiança
E ser quem eu era...

E quem eu era?

Olhei o reflexo na janela na minha frente
A ruiva sorriu desdenhosa
Cabelos vermelhos como o inferno
Olhos azuis como o céu noturno
Lábios vermelhos como sangue...

Nada demais
Apenas uma ruiva a mais...

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